quarta-feira, 23 de maio de 2007

Sempre competimos




"Ótima" ação da nossa Secretaria Municipal de Transportes, não é ?
É assim que eles fazem com todas as medidas em benefício da população, colocam uma
máscara. Deveriam ter faixas exclusivas para nós atletas do trânsito caótico, sempre –
acredito que o Sr. Secretário não assista às competições diárias que participamos para
superarmos os limites da nossa paciência, e não sermos desclassificados de nosso emprego por chegarmos nas últimas colocações do marcador de ponto.
- outro dia bati meu próprio recorde, chegando quatro minutos antes, mas lá não ganho medalha.
Nem mesmo quem irá trabalhar no Pan 2007 terá acesso à essa regalia desportiva, pois esse
benefício é só para quem vem de fora lançar discos e dardos tamanho gigante (lanças),
acertar tiros em alvos de cortiça. A diferença é que os atletas daqui são os alvos e as barreiras
nas vias da cidade.
Rodrigo Nonno

"ô sorte!"










Sorte é ter tão bom vizinho. Pena é não sabermos que temos como "conterrâneo" – na verdade nem deveria usar esse termo , pois se ele não for da Serrinha, me enganei feio - figura tão ilustre. Falo de quem estudou música com Joaquim Naegle e Darci Barbosa. Me refiro a um competente músico que foi levado por Bituca à Escola Flor do Ritmo, no Méier, e que ao atingir a maioridade fez parte da Orquestra de Permínio Gonçalves e da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Assim ele começou sua carreira artística bem sucedida. O memorável baterista tocou com Elizeth Cardoso, Elis Regina, Roberto Carlos e Chico Buarque, ainda outros grandes. Wilson das Neves é um dos principais nomes da musica nacional, um dos grandes representante da nossa música no exterior e morador da Ilha.
Após quarenta anos de carreira, Das Neves se projetou como compositor, lançando os CDs Brasão de Orfeu, e O Som Sagrado de Wilson das Neves, com composições maravilhosas, entre elas, O Samba é Meu Dom. É uma coisa de outro mundo escutá-lo cantando Grande Hotel, com Chico Buarque, ou melhor, ouvi-lo cantando aquela bela homenagem ao Mestre Marçal. Sei lá o que é melhor ...

Na verdade, nunca o vi transitando pelo bairro ou em algum botequim insulano, mas Deus escreve certo por linhas tortas, pois com toda certeza, se eu o encontrasse, o abordaria para puxar uma conversatentando aprender um pouco mais sobre essa música a nossa música, e isso poderia importuná-lo, mas, ao mesmo tempo, penso que quem não arrisca não petisca. Às vezes, até fico pensando como seria esse encontro, pois admiração é tanta, que fico com certo receio. Calma, não farei nenhuma bobagem. Não importa! Saber que Das Neves mora na Ilha do Governador já me basta, mas fico com a sensação de ir ao Rio e não ver o mar. Coisa de fã ... não daqueles que gritam, que esperneiam, mas dos que querem somente beber uns copos de cerveja com seu ídolo. Só sei que quando encontrá-lo, farei como o próprio, e direi : ô sorte !
Inté