terça-feira, 4 de novembro de 2008

Não é só você

É esta obra da sublime dupla composta por Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho que me vem à mente hoje, somente isto.


Não é só você

Composição:
Guilherme de Brito e
Nelson Cavaquinho

Se você soubesse
esconder a sua mágoas
os seus olhos não
estariam rasos d´agua

Quando eu
sinto vontade de chorar
finjo me alegre
pra ninguém me criticar

Não é só você
que não tem felicidade
eu também estou me acabando
e não volto à mocidade

sempre me afastei
de quem nasceu pra reclamar
não vem falar
não vem chorar perto de mim

escondo a minha dor
pois eu não sei o mal que fiz
eu gosto de fingir que estou feliz







sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mercearia Café e Bar Tubiacanga

Fui lá! Quando disse aqui sobre um boteco aspirante ao posto de Meu (novo) Buteco de Fé, ainda não havia bebido, muito menos comido nada naquele balcão. Esta semana, na última segunda-feira (dia 20 de outubro, de 2008), ainda abalado com a notícia da morte do grande Luiz Carlos da Vila, resolvi parar lá, e em fim ... , experimentar o local. Assim que cheguei, por volta das cinco e quinze da tarde, um homem calvo, aparentando seus quarenta e poucos anos, me perguntou se eu queria alguma bebida. Sedento, respondi:

- Me dá uma Brahma?!

De imediato, chega a ampola muito gelada, mas com uma ressalva:

- Fechamos às seis, tá bom?

Um pouco contrariado, pois há tempos queria apreciar a bebida e a comida do botequim, respondi que não havia problema algum. Após meia garrafa, decidi ver o que tinha para comer, já que como disse aqui, outro dia eu avistei belas empadas compondo o balcão do boteco. Desta vez, foi bem diferente. Talvez por se aproximar do fim do expediente, nada estava à vista, para que pudesse ser escolhido, tirando sacos de biscoitos, emendoins e coisas do gênero.


O nome do boteco é Mercearia Café e Bar Tubiacanga. A fachada é interessante. O local não tem gente que pede torre de “chopp” - nem poderia. É bem atrativo. Porém, inevitavelmente, antes das seis horas terminei a garrafa, sem ter muita vontade de ficar. Alguma coisa me diz para voltar lá, mas acho que ainda não foi desta vez que achei. Podem crer que voltarei, mas mais cedo e torcendo para dar de cara com as empadas. Se eu me sentir em casa, trago fotos.

Inté!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ganhei!

É com muita alegria que divido este momento com vocês. Venho contar que recebi ontem (quarta-feira, dia 22 de outubro de 2008), na Quitanda Abronhense, na Rua do Matoso, meu excelente prêmio, conquistado, no dia 17 de outubro, na promoção 250.000, no blog que sou leitor assíduo e considero o mais fantástico de todos: o BUTECO DO EDU. Para vencer, o leitor tinha que registrar o contador de visitas do buteco virtual marcando o número 250.000 (duzentos e cinqüenta mil) – acreditem! –, e, além disso, enviar ao Edu através de e-mail a imagem anexada, comprovando o registro. Fui o primeiro a conseguir a façanha, após ter ficado de olho durante boa parte do dia - confesso. O grande prêmio é a obra (espero outra) de Eduardo Goldenberg: “Meu Lar é o Botequim!” Histórias, palpites e feitiços sem fim. Risonho, recebi o livro de uma senhora simpaticíssima, que parecia proprietária da quitanda, dona Conceição. Não sei como ela faz com os que ela vê a cara todos os dia, mas comigo foi um doce. Acredito que por este motivo Goldenberg se animou em deixar prêmio em tão boas mãos. Por muito pouco não bebi uma cerveja por lá, mas tinha um compromisso e eu me conheço...

Na volta pra casa, tentei iniciar a leitura, mas fiquei um bom tempo vidrado na dedicatória caprichada que Edu fez para mim – li, reli, babei -, até que apareceu um conhecido, para interromper. Era um daqueles que não gostam de botecos, mas de TV de plasma e torre de “chope”, por isso, nem mostrei orgulhosamente meu prêmio, como fiz com outros anteriormente, e agora com vocês.

Tenho certeza que vou adorar as quase 260 páginas.




Ao Edu deixo meu muito obrigado. Sou, cada vez mais, seu admirador.

Inté!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Parte o Poeta da Vila

Recebi no início da tarde a triste notícia do falecimento do grande poeta Luiz Carlos da Vila. Este mestre do nosso samba, autor de Kizomba, Doce Refúgio, O Sonho Não Acabou (considerado por ele mesmo seu primeiro sucesso), Oitava Cor, Romance dos Astros e outras maravilhosas canções, lutava contra um câncer, desde de setembro deste ano. Da Vila nasceu em Ramos, no dia 21 de julho (dia do meu aniversário), de 1949, mas foi criado na Vila da Penha, de onde herdou seu nome artístico.

Quase postei uma letra que fiz em sua homenagem , há coisa de três anos, mas prefiri colocolar aqui uma de suas obras que considero mais linda:


Pra Conquistar Teu Coração

Luiz Carlos da Vila



Composição: Luiz Carlos da Vila e Wanderley Monteiro



Se o limite for o infinito
Vou subir até o pico do Everest
Nadar o oceano sem um grito
E de joelho atravessar o agreste
Faço isso tudo e muito mais
Pra te encontrar, te conquistar
E até provar que é minha paz
O inverso dos meus ais

Preto no branco num poema, vou por sim
E onde houver um mal começo por fim
Fazer de tudo pra mudar
Um novo mundo instalar
E com o mundo em minhas mãos
Onde houver talvez ou não eu vou sim
Com as próprias mãos andar a pé ao Bonfim
E num xaxim eu vou plantar
Um baita de um jequitibá
Enraizar mesmo sem chão
São Tomé vai crer sem olhar
E todo mundo vai cantar
Que eu conquistei teu coração


Benza, Deus.

Direto do Ceará

Neste domingo chuvoso, por volta das nove, logo após ter acordado e cuidado da nossa Paçoca (membro mais novo da família, uma linda calopsita) e levado meu Yuggi (nosso lindo Labrador) para sua primeira caminhada de hoje, o telefone toca. Era o meu grande irmão Luiz Eduardo Ribeiro de Jesus, que atende pelo carinhoso apelido de Tecão. Parecendo ansioso, Tecão me faz uma pergunta, sem me permitir que responda:

- Está em casa, vida mansa ? Estou indo aí!

Passados uns dez minutos, ele me aparece aqui me entregando um grande pacote e uma garrafa embrulhada em um jornal. Afoito, Tecão vem se explicando – como se fosse preciso – e manda:

- Só me esqueci das fitas de Nosso Senhor do Bonfim.

Fui logo na garrafa e percebi que se tratava de uma cachaça artesanal feita no Ceará, local maravilho que acabara de chegar um dia antes. Ainda delirando, parti para rasgar o embrulho, como criança que destrói o papel de presente. Lá tinha nada mais, nada menos, que quase dois quilos de castanhas de caju. Entusiasmada, minha querida Deise baixou nas pobres castanhas, me proibindo de abrir a garrafa, pois, segundo ela, ainda era muito cedo para beber cachaça. Um dos pacotes – até fácil de abrir, pois estava com a embalagem esticada de tão cheio – trazia castanhas torradas, levemente salgadas. No outro, - desculpem a covardia de relatar isto – tinha mais de meio quilo de castanhas caramelizadas, com pedaços de gergelim agarrados.

Vejam a foto, com desfalque da metade das castanhas que chegaram.



Além de todas essas maravilhas que meu caro amigo-irmão trouxe, ele ainda pode se lembrar da lembrancinha de Fortaleza, que assim que chegou, passou a compor a estante.

Ainda não bebi a cachaça, mas logo que degustá-la, conto a vocês.

Inté!

sábado, 18 de outubro de 2008

Estamos de volta

Opa, pessoal!


Tenho certeza de que não serão a muitos que terei que me desculpar, pois muito pouca gente lia este blog, mas se eu for julgar pela importância que essas têm para mim, tenho quer suplicar pelo perdão destes. Bom, mil desculpas, companheiros?! Estou aqui de volta, depois de um ano e pouco mais de três meses, para contar uns casos para vocês.

Hoje, por volta das cinco da manhã, me levantei e depois do ritual matinal, iniciei o trato ao mais novo membro da casa, a Paçoca, uma linda calopsita, que apesar da mansinha, ainda está se adaptando à rotina e aos locais de nosso apartamento. Ao levar o Yuggi (nosso lindo Labrador) à rua para sua primeira caminhada de hoje, passei a tentar esquecer as trágicas notícias recentes de crimes pavorosos – como se todos não fossem – e por muito pouco não entrei em um boteco, que sou louco para beber e comer algum troço. Só não o fiz, pois conferi o relógio e ainda não eram dez da manhã. O estabelecimento fica na Estrada Governador Chagas Freitas, em frente a uma clínica veterinária, ao lado do borracheiro, aqui no Moneró, na minha Ilha.

Só sei que fui para casa. Depois disso, almocei e ainda não arredei o pé novamente, mas está latente a vontade de me apoiar naquele balcão. Agora vou ao meu ainda boteco de fé - como diz o mestre Eduardo Goldenberg -, o Bar do Roberto que, na verdade, chama-se Point do Village (uma referência à localidade, mas não consigo falar este nome). Depois deste, pode ser que passe no aspirante, pois mesmo da calçada pude ver belas empadas. Se eu for ao pretendido buteco, volto contando sobre as empadas, outras comidas, bebidas e conto o nome do boteco.

Inté!