segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Moacyr Luz, Jaguar e Kadu

Não. Eu não me esqueci, e nunca me esquecerei, do propósito deste blog. Sei bem e estou, cada vez, mais engajado na luta pela exaltação, pelo reconhecimento das coisas simples, de nossa cidade, principalmente as insulanas e suburbanas. Porém, nesta postagem, cito nome de um bar muito famoso na zona sul do Rio. Fui muito bem recebido pelo dono do Bracarense, meu amigo Kadu, que “agenciou” uma maravilhosa conversa minha com um ídolo. O encontro foi marcado para compor minha pesquisa sobre uma minoria, sobre um pequeno grupo de artistas com a identidade carioca, com obras atreladas às questões da cidade, que conseguiam viver com dignidade, somente com os frutos de suas obras.

Em meados de 2006, tive o prazer de sentar-me à mesa deste bar, – vamos pela ordem da experiência – com o folclórico Jaguar (ele mesmo, o fundador de O Pasquim), com um dos maiores e mais criativos artistas da nossa música e meu artista preferido, o grande Moacyr Luz, e com o amigo Kadu (do Bracarense, do Seu Tomé, mais recentemente, do Mas Será o Benedito). Por intermédio dele, conheci estas duas figuras luxuosas da nossa cultura. Marcamos, meio que às pressas, um papo rápido, mas muito proveitoso, por volta das duas da tarde no bar do Leblon. Mesmo tentado a fazer o mesmo com Jaguar, tive que dar maior ênfase aos casos do Moacyr, por causa do curto tempo que tínhamos. Porém, é obvio dizer que o mestre caricaturista, ilustrador, desenhista, jornalista, cronista e humorista gráfico teve sua provocante participação, o que nos deixa ainda com mais vontade de escutá-lo falar. Bom, pelo menos este registro guarda os dois, com a interferência minha e de Kadu, cantando Minha Festa, ao relembramos Guilherme de Brito, recentemente falecido, na época.

Ao chegar, - acho que - cada um já tinha bebido uma meia-dúzia de chopes. Kadu, ainda me apareceu com uma garrafa de cachaça, que acabará de trazer de Minas, para representá-la aqui no Rio.

Foi em curtíssimo tempo – admito – mas ao verem os vídeos, irão perceber que há uma tentativa de marcarmos algo mais elaborado - isto aconteceu uma semana depois, na casa de Dona Irene, mãe do Moa, onde ele fez uma caldeirada de frutos do mar simplesmente maravilhosa, mas isso prometo postar depois aqui em nosso “butecólico”.

Este breve papo interessantíssimo, em uma bela tarde no Bracarense, está todo aí, em três vídeos, sem o uso de qualquer tipo de recurso para edição. A conversa está bruta, dos pés à cabeça, justamente por eu não poupar nem mesmo nossos pés ao iniciar o dialogo.

________________________________


“(...) Eu não sabia fazer nada, aí comecei a desenhar, pô (...)”
Jaguar

"(...) quando faço uma música, em nenhum momento penso que aquela música vai ter que ser um sucesso (...)” Moacyr Luz

“(...) eu acho que só vence, quem realmente tem talento, quem acrdita no que está fazendo(...)”
Moacyr Luz

“(...) o outro vai trocar de carro, disso , daquilo, e quando não conseguir trocar mais de nada, ele vai à merda (...)”
Moacyr

“(...) Eu tive um grande mestre que era o Paulo Emílio (...) um letrista maravilhoso(...)”
Moacyr

________________________________

Inté!

5 comentários:

Yuri de Nonno disse...

Essa entrevista ai eu me lembro. Na época, você precisou até da filmadora, fiz questão de ver!

Dei uma bizoiada na entrevista novamente. É sempre bom absorver um pouquinho que seja de cultura, seja ela em qual esfera for!

Abraço Rodrigo!

Rodrigo Nonno disse...

Sempre, gande Testa, sempre.
Neste caso, considero muita.

Forte abraço

Anônimo disse...

Esse papo foi gostoso de assistir. Moacyr é o cara quando se trata de Rio de Janeiro, butecos...Enfim, coisas que curtimos como bons cariocas.

Daniel Rebelo disse...

Meu caro ébrio, Já perdi as contas de quantas vezes assisti a entrevista, dá uma vontade de tomar uma.

VIVA O MARACUJÁ!!!!

Anônimo disse...

Caralho de Asa, vamos viver do samba e beber do mesmo samba!!!
Como sempre Rodrigo Nonno o cara em termos de samba e Buteco!!
abraço
Técão