
O Roberto, isso mesmo, o Beto do Bar levou essa história de feriado do comércio mesmo a sério (acredito que ele tenha sido o único comerciante - pelo menos entre os donos de butecos - da Ilha do Governador a fazer isso) e resolveu não levantar as portas do seu - ou melhor, do nosso - estabelecimento. Morri de pena quando passei por lá antes da chuva e vi o primeiro time daquele balcão, tendo que se encostar na padaria ao lado, para garantirem as cervejas deste feriado (para isso é que o feriado serve). A maioria já está aposentada, mas eles comemoram, em solidariedade aos que folgam no dia de hoje.
Após esta puxada de tapete, ao pisar em casa, - acredito que pela décima ou décima primeira vez – resolvi assistir o filme O Mistério do Samba. Todas a vezes que ponho as mãos na caixinha deste dvd, Minha Deise já grita: não, outra vez não; e sai da sala resmungando. Por isso, tinha que fazer a exaustiva sessão (digo sessão, pois eu ligo nosso minúsculo home theater no volume máximo e fecho todas as cortinas para dar um clima de sala de cinema) se tornar mais atrativa. Depois de pensar em coisas de que ela gosta, me lembrei da pizza de mussarela, com a metade portuguesa, mas – já com os pratos, copos e talheres sobre a mesa - tentei estabelecer contato com todas as pizzarias que conheço na Ilha do Governador, e nenhuma delas me atendeu, nenhuma. Bom, assisti o filme com a mesma empolgação de quando o vi pela primeira vez, na pré-estreia Minha Deise – como em quase todas as sessões que promovo – dormiu como uma pedra no sofá da sala.
A vocês, deixo uma das músicas que mais gosto no filme, canção com autoria de Casquinha e Candeia, em alusão às falsas juras que Suríca haveria feito a Casquinha da Portela, quando namoravam, isso há muito tempo.
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Falsas Juras
Casquinha & Candeia, em 1954
Eu já lhe disse
Que não quero mais o seu amor porque
As falsa juras nos seus beijos
Me fizeram padecer
Não adianta aos meus pés se ajoelhar
Pode chorar, pode chorar
Vai eu não lhe quero mais
Já cansei-me dos seus beijos
Deixa-me viver em paz
Você jurou, jurou mas não cumpriu
E como judas um dia me traiu
Só falsidade existiu
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Inté.
6 comentários:
Estou doido para conhecer esse bar do BETO que é tão falado aqui nesse blog, só que vou dia de semana pq deixar para ir no feriado pode ser que o blogueiro aqui dê de cara na porta e ter que recorrer a padaria! risos
Que dureza...bar fechado, pizzaria que não atende, primeira dama reclamando...
Gostaria de assistir esse DVD.
Abraço!
Henry, meu caro amigo ...
Já pensou eu te chamar aqui na Ilha e o troço com porta baixa ?
Não pode mesmo, mas a padaria não é tedo ruim, quando compramos pão e mortadela, né ? Por falar nisso, fiz uma bela foto do time da padaria ao lado.
Mesmo morrendo de amores pelo Beto (pelo beto não, pelo Bar do Beto) postarei depois, pois ficou uma bela foto.
Inté.
Tuninho, sentimos sua falta por aqui, rapaz. Este balcão fica sem graça, sem seus comentários, te juro.
Estou pensando seriamente em flagrar você nos balcões, mas não sei bem por onde andas aqui na Ilha ...
O filme ..., bom o filme eu te dou uma cópia. Só assim nos encontraremos pra derrubarmos umas garrafas.
Forte abraço, meu amigo.
Inté.
Tb vi esse filme! Muito legal! Só não gostei que um tal jornalista roubou o caderninho com as composições do Manacéia... Vacilão!
É um ladrão, cara Cris.
Seja bem vinda ao blog. A casa é mais que sua.
Beijo.
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