
Neste Vinte de Novembro - homenageando Zumbi dos Palmares - inicio a série Canções de O “butecólico”. Esta série será composta pelas músicas das pilhas de CD's de samba que tenho (uns cem / cento e dez), que estão sobre e sob à minha mesa. Não há , de fato, um critério, mas desejo compartilhar isso com vocês.
Abrindo com chave de ouro, trago hoje um maravilhoso samba do grande Nei Lopes. A Obra é a primeira faixa do álbum Negro Mesmo, que Nei lançou em 1982, quando pouco se falava em consciência negra, muito menos em feriado. Este é um humilde tributo ao herói.
Fique com a letra e escutem a música no clip (lá em baixo).
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"A epopéia de Zumbi
(Nei Lopes)
E de repente
Era um, eram dez, eram milhares
Sob as asas azuis da liberdade
Nascia o Estado de Palmares
Mas não tardou
E a opressão tentou calar, não consegui
O brado da vida contra a morte
No primeiro estado livre do Brasil
Forjando o ferro de Ogum
Plantando cana e amendoim
Dançando seus batucajés
Pilando milho e aipim
Fazendo lindos samburás
Amando e vivendo, em fim
Durante cem anos ou mais
Palmares viveu assim
E a luta prosseguia
Contra a ignorância e ambição
Até que surgiu Zumbi,
Nosso Deus, nosso herói, nosso irmão
Ciente de que nenhum negro ia ser rei
Em quanto houvesse uma senzala
Ao invés de receber a liberdade
Zumbi preferiu conquistá-la
E, depois de mais três anos de guerra
O punhal da traição varou Zumbi
Foi a vinte de novembro, data pra lembrar e refletir
E quase trezentos anos depois
Um brado forte e varonil
Ainda vem de Pernambuco e Alagoas
E se espalha pelos céus deste Brasil:
Folga, negro de Angola,
Que ele não vem cá
Se ele vier, qulilombola
Pau há de levar (x2)"
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"A epopéia de Zumbi
(Nei Lopes)
E de repente
Era um, eram dez, eram milhares
Sob as asas azuis da liberdade
Nascia o Estado de Palmares
Mas não tardou
E a opressão tentou calar, não consegui
O brado da vida contra a morte
No primeiro estado livre do Brasil
Forjando o ferro de Ogum
Plantando cana e amendoim
Dançando seus batucajés
Pilando milho e aipim
Fazendo lindos samburás
Amando e vivendo, em fim
Durante cem anos ou mais
Palmares viveu assim
E a luta prosseguia
Contra a ignorância e ambição
Até que surgiu Zumbi,
Nosso Deus, nosso herói, nosso irmão
Ciente de que nenhum negro ia ser rei
Em quanto houvesse uma senzala
Ao invés de receber a liberdade
Zumbi preferiu conquistá-la
E, depois de mais três anos de guerra
O punhal da traição varou Zumbi
Foi a vinte de novembro, data pra lembrar e refletir
E quase trezentos anos depois
Um brado forte e varonil
Ainda vem de Pernambuco e Alagoas
E se espalha pelos céus deste Brasil:
Folga, negro de Angola,
Que ele não vem cá
Se ele vier, qulilombola
Pau há de levar (x2)"
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Obrigado, Zumbi!
Inté.
3 comentários:
É obra prima!
Abração
Muito bom esse samba. É só acelerar um pouco mais e colocar uma bateria potente que ficará perfeito.
Valeu!!
Diego
Simas:
E se é, né?
Diego:
Prefiro assim mesmo. Quem faz esses nos moldes que você disse, não sabe fazer desse que escutou aqui. Acredite!
Beijo
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